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Ex-carnavalesco e amigo de famosos, William Braga conta que teve uma experiência com Deus na Sapucaí

Figura presente no carnaval carioca durante os anos 80 e 90, William Braga ficou conhecido na festa do momo como o mestre-sala Lilico, da Estação Primeira de Mangueira. Convertido ao Evangelho após um encontro com Deus dentro da Marquês de Sapucaí, Braga se tornou pastor da Igreja Batista Nacional Monte Hermom, em Vigário Geral, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Convidado da quarta temporada do podcast PodCrê, o ex-carnavalesco recordou os tempos de folia em que convivia com artistas como Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Jovelina Pérola Negra, Beth Carvalho, Alcione, Maria Bethânia e Caetano Veloso.

– Essas coisas não preenchiam mais. Estar com essas pessoas é glamour puro, mas a tristeza, ela me assolava de uma tal forma que eu não conseguia alcançar. Eu tentei suicídio. Eu era um artista que gostava de viver à margem do perigo, de usar drogas, de ostentar, de ter carro bonito, de ter joias, muitas mulheres bonitas – revela William, que foi amigo de Escadinha, considerado um dos maiores traficantes do Rio de Janeiro.

Nesse período, ele chegou a participar da novela “Partido Alto”, exibida na Globo em 1984.

Também, foi na tela da Globo, que William anunciou ao vivo, no desfile da Mangueira de 1990, que estava deixando o carnaval para seguir a Jesus.

– A jornalista Leilane Neubarth chegou para falar comigo. Eu como primeiro mestre-sala da Escola e ela começa: “Estamos sabendo que é seu último ano. Conta para nós essa história”. Quando eu abro a minha boca eu falo: “Eu, primeiramente, glorifico e enalteço o meu Deus Jesus Cristo”. Não era essa pauta falar e não tinha como eles cortarem, porque estava no ar; o mundo todo estava ouvindo e tem essa gravação até hoje. O nome do Senhor foi exaltado em plena Marquês de Sapucaí na Rede Globo de Televisão – comemora William Braga.

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Ex-mestre-sala da Mangueira, William Braga critica Claudia Leitte no carnaval: “Não nasceu de novo”

Um dos grandes nomes do carnaval carioca, o ex-mestre-sala Lilico, da Estação Primeira de Mangueira, é o convidado do novo episódio da quarta temporada do PodCrê. Convertido ao Evangelho desde os anos 90, o pastor William Braga falou sobre sua mudança de fé e também sobre a polêmica envolvendo Claudia Leitte.

A cantora, que se diz evangélica, virou assunto na mídia e chegou a ser ameaçada de processo por trocar um trecho do seu sucesso “Caranguejo”, que faz menção a Iemanjá. No lugar, Claudia passou a cantar “Meu Rei Yeshua”.

– Que crente é esse? O crente convertido larga tudo e nunca mais vai dançar axé, cantar uma música dessa natureza ou entrar dentro de uma escola de samba porque ganhou um dinheiro. Esse pessoal que fala que se converteu e continua cantando pro mundo não nasceu de novo. Eles estão vendo o Reino de Deus, mas não vão entrar Nele, porque tem que nascer da água. O velho homem vai morrer e o novo homem vai ressuscitar – afirma Braga.

Nascido em uma família umbandista, William Braga passou a frequentar os ensaios de carnaval ainda criança e foi durante um desfile que ele teve sua primeira experiência com Deus. Hoje, ele afirma que “a festa da carne é do diabo”.

– Eu posso até sofrer represálias, mas eu não tenho medo de falar que o carnaval é do diabo. As pessoas que vão lá não sabem qual é o conteúdo por dentro do negócio. Jesus me catou lá dentro da Marquês de Sapucaí – testemunha o ex-carnavalesco.

Pastor na Igreja Batista Nacional Monte Hermom, em Vigário Geral, na Zona Norte do Rio de Janeiro, William Braga afirma não sentir falta do carnaval e critica igrejas que saem às ruas com blocos carnavalescos.

– Eu não vou falar o nome da igreja, mas eu recebi um convite para subir no trio elétrico fantasiado, porque a igreja levava uma escola de samba. Queriam que eu subisse fantasiado com a fantasia da Mangueira e contasse meu testemunho. Eu falei que nunca vou me prestar a isso, porque eu saí do inferno e eu não vou voltar para lá – declara o pastor.

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Intérprete do sucesso “Sou Casa”, Elizeu Alves revela luta contra a depressão

O cantor e compositor Elizeu Alves é o convidado do episódio especial do PodCrê dedicado ao Setembro Amarelo, mês no qual se incentiva a valorização da vida e da saúde mental. Durante o bate-papo, o artista, que faz parte do cast da MK Music, abriu o coração e contou de sua luta contra a depressão.

Filho de pais separados e criado pelos avós, Elizeu nasceu em um lar evangélico na comunidade da Mangueira, no Recife (PE). Durante a adolescência, a bebida se tornou sua fuga dos problemas até que ele teve um encontro com Deus que impactou sua vida.

– Eu tive uma crise de ansiedade e pensei que ia morrer. Naquela hora, lembrei de uma promessa que tinha feito há alguns anos para Deus de que nunca mais ia deixar a igreja. Veio um medo de ir para o inferno e comecei a pedir perdão a Deus. Eu tive um processo muito perturbador de crise de identidade em resposta ao descaso dos meus pais. Voltei para a igreja, mas ainda não era convertido, porque carregava vícios, gatilhos e pecados domesticados. Até que, em 2016, eu tive um encontro real com Jesus – testemunha.

Autor do sucesso “Sou Casa”, que viralizou nas plataformas digitais, Elizeu conta que a música surgiu durante um momento de quebrantamento em uma ministração e se tornou, nas palavras do cantor, “um grito de alguém que estava sendo liberto de verdade”. A primeira versão de “Sou Casa” foi lançada em 2019 e tem mais de 85 milhões de views no YouTube.

– Três meses depois que Deus me deu essa canção, eu entrei na pior crise de depressão que eu podia ter. Eu estava noivo e iria me suicidar. Chamei minha noiva; que hoje é minha esposa; para conversar e estava decidido a terminar o relacionamento, preparar uma carta e dar cabo da minha vida. Na minha cabeça, eu achava que tirando a minha vida, eu teria paz – compartilha o artista.

Apesar da dor, Elizeu relata que, durante o processo de depressão, recebeu vários testemunhos de pessoas que foram curadas da mesma situação ao ouvirem “Sou Casa”, que traz versos como “O Teu perdão é completo / Ele sara a minh’alma”.

– Eu ainda estava no processo de cura e, no dia da gravação do clipe, juntamente com meu pastor Ricardo e minha esposa Layne, eu falei: “Amor, como que eu vou dizer que eu sou casa de Deus com alegria se tudo que eu sinto é tristeza? Como é que eu vou fazer isso?”. Aí, eles falaram para eu declarar isso com fé, eles oraram por mim e falei que ia sorrir mesmo que eu não quisesse sorrir. Falei que ia gravar esse clipe todo com sorriso no rosto e declarando que essa é a verdade da minha vida. Havia dor por trás daquele sorriso, mas muitas pessoas foram curadas – relata.

Elizeu Alves recorda que começou a entender que havia um propósito em sua dor e que decidiu parar de questionar a Deus. Mesmo com sua fé, ele salienta que faz terapia para lidar com suas questões e aconselha que o cristão deve cuidar da sua saúde mental.

– Ainda existe muito preconceito relacionado à ajuda psicológica, muita gente banaliza o assunto e diz que é frescura da geração Z. Eu sou de 1992 e falta cuidado e ensino sobre isso. É muito importante se conhecer e a Palavra de Deus não te restringe de cuidar da sua saúde mental. Isso é uma ferramenta que Deus usa para tirar pessoas de lugares que ela nem mesma sabe identificar. Deus pode fazer aquilo que a gente não consegue, mas existe um uma parte que tem que partir de nós. Voltar para a terapia foi a melhor coisa da minha vida – finaliza.

Produzido pelo Pleno.News, o PodCrê está em sua terceira temporada falando sobre fé e vida espiritual e já conta com mais de 100 mil inscritos em seu canal no YouTube. O podcast também está disponível no Spotify, na Deezer, no Apple Podcasts e na Amazon Music.

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